Decisões não baseadas em evidências podem ser prejudiciais, aponta Conselho de Organizações Internac

O Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS), que conta com a participação da professora Guacira Corrêa de Matos, membro do Observium, no Grupo de Trabalho XII, publicou uma declaração sobre a avaliação do risco-benefício de medicamentos em situações de emergência, como a que estamos enfrentando com a pandemia da COVID-19. O documento trata das pressões que levam a tomada de decisões que não estejam baseadas em evidências adequadas e que sobreponham julgamentos científicos sólidos a partir de conclusões injustificáveis, como o uso de terapias não comprovadas que podem ser ineficazes ou prejudiciais, além de impactarem negativamente a saúde pública. A determinação de que um medicamento é ou não um candidato a prevenção ou tratamento de uma doença é um processo complexo. Sua avaliação é baseada em todas as evidências disponíveis sobre o medicamento e o enfrentamento à doença (sua gravidade, por exemplo). Comumente não são informações prontamente disponíveis a fim de apoiar uma tomada de decisão rápida baseada em evidência. Com isso, um monitoramento mais enérgico é necessário, levando em conta situações como as de possíveis reações adversas a medicamentos. Uma ação transparente de reguladores, indústrias, universidades/institutos, pacientes, profissionais de saúde, dentre outros, deve ocorrer a fim de contribuir com o aumento do conhecimento quanto aos riscos e benefícios das decisões terapêuticas durante uma situação de urgência em saúde. O CIOMS está trabalhando na definição e avanço de medidas e abordagens para aperfeiçoar o desenvolvimento e a avaliação do risco-benefício de novas terapias e a saúde pública. O conselho também parabeniza os esforços dos profissionais de saúde e da comunidade científica em prol do combate ao novo coronavírus. Fonte: https://cioms.ch/wp-content/uploads/2020/06/CIOMS_WGXII_Statement.pdf