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Afinal a internet ajuda ou atrapalha o uso racional de medicamentos?


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A terceira edição do Boletim Observium UFRJ traz à tona o debate sobre a comunicação em saúde, com destaque aos medicamentos.

Entender e refletir sobre as motivações e as expectativas de quem consome as informações disponibilizadas intensa e diariamente pelos mais diversos veículos, em especial pela internet, é relevante para melhor compreender o comportamento e as necessidades da população em relação ao uso de medicamentos.

Para tanto, apresentamos uma revisão sobre o tema “Informações sobre medicamentos e a internet”, tendo como centro da discussão o usuário. A perspectiva é subsidiar a produção e a difusão de informação qualificada, por meio de estratégias e linguagens adequadas à realidade e às necessidades dos usuários dessas informações, sejam eles profissionais especializados ou a população.

Por outro lado, contribui para a adequação da linguagem e a seleção dos temas difundidos pelo Observium, partir da perspectiva dos diferentes públicos-alvo a serem atingidos.

INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS E INTERNET: DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE QUALIDADE

Leonardo Vidal Mattos

Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Que a tecnologia tem mudado quantitativa e qualitativamente o modo como se busca e se produz informações sobre saúde e medicamentos não é novidade. Durante as últimas décadas a redução de fronteiras simbólicas que separam o saber médicocientífico do paciente tem acontecido a partir de uma série de novos recursos tecnológicos, sendo a disponibilidade quase infinita de informações na internet talvez o principal elemento. Hoje, com uma simples busca no Google é possível encontrar informações sobre medicamentos em fontes extremamente diversificadas, que vão desde fabricantes até fóruns virtuais e blogs onde os próprios usuários falam livremente sobre o uso de medicamentos.

Entre esses extremos, estão informações disponibilizadas por agências reguladoras, por produtores de informação baseada em evidências, por páginas e blogs de especialistas, grandes portais (comerciais ou não) especializados em informações sobre saúde e medicamentos, aplicativos de celular e até mesmo a Wikipedia.

Para se ter uma noção da dimensão do processo, já no ano de 2003, nos Estados Unidos, cerca de 40% dos cidadãos procuravam informações de saúde online para si ou para conhecidos e 30,6% usaram a internet como fonte de informação antes de consultar um médico ou profissional da saúde (Hesse et al. 2005). No Brasil, sabe-se que em 2015 cerca de 51% dos domicílios possuíam acesso à rede mundial de computadores (CGI, 2016), o que nos permite inferir que essa prática é também bastante disseminada.

- uma das maiores preocupações de instituições e pesquisadores reside na qualidade questionável do enorme volume de informações disponíveis na rede -

Nesse contexto, uma das maiores preocupações de instituições e pesquisadores reside na qualidade questionável do enorme volume de informações disponíveis na rede, que por sua falta de confiabilidade podem trazer consequências perigosas para a saúde de usuários em busca de autodiagnóstico e autocuidado. De fato, uma das primeiras revisões sistemáticas sobre o assunto mostrou que cerca de 70% dos estudos apontam que a qualidade da informação em saúde é um problema na web (Eysenbach et al. 2002).

Outra preocupação importante tem sido com relação à disseminação das informações de qualidade ao público. É possível que diversas iniciativas tenham baixo impacto frente ao grande volume de informações disponíveis e frente à extensão da utilização de fontes a princípio não confiáveis. Uma terceira questão envolve a adequação das informações produzidas às necessidades do público-alvo. De nada adianta produzir informações de qualidade se a linguagem utilizada ou a apresentação da informação é uma barreira para profissionais, pacientes ou familiares.

Assim, repensar as estratégias tradicionais de produção de conteúdo de qualidade sobre saúde e medicamentos a partir das questões enunciadas (qualidade, disseminação e adequação das informações) é de fato uma tarefa essencial. Porém, o que propomos nesse artigo não é um passo à frente, mas sim um passo atrás. O objetivo aqui, mais do que propor novos caminhos, é trazer elementos para pensar a questão da informação sobre medicamentos e saúde na internet. Como veremos adiante, muitas questões básicas ou mesmo preliminares para se pensar os desafios, têm sido deixadas de lado: quem procura? Por que se procura? Quais suas necessidades? Onde se procura? Quais as características das fontes? Quais os impactos das informações nos usuários? As informações são úteis?

Por que procura?

As razões que levam as pessoas a buscarem informações sobre saúde e medicamentos na internet são diversas e envolvem fatores objetivos e subjetivos.

A principal razão pela qual se busca informações sobre saúde e medicamentos, como era de se esperar, está relacionada com a ocorrência de problemas de saúde individuais ou de entes queridos. Todavia, outros motivos relevantes e geralmente desconsiderados são a quantidade, facilidade e velocidade de obtenção de informações (Ybarra & Suman, 2006), validação de informações (obtidas nas bulas, nas prescrições médicas como “segunda opinião”), preparação para uma visita ao médico e o aprendizado sobre a experiência de terceiros com o medicamento (Pohjanoksa-Mäntyläa et al., 2009). Outro fato relevante, identificado em estudo recente nos EUA, é que dois terços dos que buscam informações sobre saúde na internet o fazem para terceiros (familiares, amigos, etc.) e um terço faz apenas para si (Cutrona et al., 2016), o que demonstra que o impacto do acesso a informações sobre saúde na internet é bem mais amplo que apenas os próprios pacientes.

No que se refere aos medicamentos, Law et al. (2011) identificaram três categorias principais de motivações de procura na Wikipedia. A primeira, diz respeito a medicamentos que causam dependência e ou estão relacionados a condições de saúde estigmatizantes, representados principalmente pelos opiáceos e benzodiazepínicos. A segunda categoria se refere a medicamentos de uso episódico (antibióticos, majoritariamente) e a terceira a medicamentos que tiveram alguma exposição recente na mídia.

Onde se procura?

Se há uma grande diversidade de perfil e motivações entre os que procuram informações sobre saúde e medicamentos na internet, o mesmo se aplica às principais fontes de informações acessíveis na internet. Elas têm origens, objetivos, qualidade, produção de conteúdo, públicos-alvo e interfaces completamente distintas.

Em inquérito nos Estados Unidos, observou-se que 71,8% utilizam websites com fins comerciais para obter informações sobre saúde, seguido por sítios de busca (11,6%), sites com afiliações acadêmicas (11,1%) e sites governamentais (5,5%) (LaValley et al., 2016). Alguns estudos têm avaliado positivamente a qualidade das informações sobre saúde nestes sites (Hartfield, 1999; Gondim et al, 2012), porém ressalvas devem ser feitas em função de seu caráter comercial, que pode muitas vezes sobrepor a dimensão sanitária (Aquino, 2008). No que se refere aos medicamentos, observou-se em sites australianos que na maior parte das vezes as informações eram baseadas nas bulas, e que os medicamentos de prescrição tinham cobertura mais abrangente de informações do que medicamentos que não necessitam de prescrição. Ainda nestes sites, as informações sobre classes terapêuticas eram menos abrangentes (Raban et al. 2016). Nos EUA, o uso de sites comerciais foi relacionado a menores níveis de frustração, esforço e preocupação com a qualidade das informações obtidas, ao contrário do que acontece para uso de sites de busca (La Valley et al., 2016), outra representativa ferramenta de obtenção de informação.

Quando se fala em sites de busca, uma importante questão é que tipo de fonte é sugerida entre as primeiras ocorrências para os usuários. Wang et al. (2012) observou que todos os quatro sites de busca estudados foram capazes de ofertar ricas informações sobre o câncer de mama. Em todos os portais os resultados das buscas incluíram seis sites de referência préselecionados entre as 30 primeiras ocorrências, havendo uma grande superposição de resultados entre as diferentes ferramentas. Porém, cada uma enfatiza tipos de conteúdo de maneira diferente.

Em estudo transversal, observou-se que no Google dos EUA o primeiro resultado para buscas de nomes de medicamentos genéricos ou de marca foi em 75% dos casos ligados a National Library of Medicine, ligada ao governo americano. Para 80% das buscas de nome genérico no Google Canada, Bing e Yahoo, a Wikipedia foi o primeiro resultado. Nestes mesmos sites, quando o nome de marca de um determinado medicamento foi buscado, em 66% dos casos as ocorrências levavam a sites ligados à indústria farmacêutica (Law et al. 2011). No Reino Unido, o site Wikipedia esteve entre as dez primeiras ocorrências em 71 a 85% dos testes com palavras-chave em 4 mecanismos de buscas diferentes, ultrapassando bases como MedlinePlus e NHS Direct Online (Laurent & Vickers, 2009).

Com relação à Wikipedia, quando se comparou a qualidade das informações disponíveis no portal com o Medscape Drug Reference, observou-se que o portal foi capaz de responder menos perguntas sobre medicamentos, apresentou escopo mais estreito, menor completude e mais erros de omissão, porém não foram identificados erros factuais nas informações consultadas (Clauson et al., 2008). Na mesma direção, outro estudo analisou as informações sobre estatinas no portal e concluiu que as informações são menos completas, inconsistentes e não devem ser recomendadas como fonte exclusiva de informação (Krupfeberg & Protus, 2011).

Todavia, o assunto não é unanimidade. É possível que a evolução da própria dinâmica de edições de texto e aprimoramento das regras do site venham tendo impacto positivo sobre a qualidade das informações da Wikipedia (Stomp et al. 2011), e em muitos aspectos o site possa ser confiável. É o que concluiu um estudo que comparou informações do portal sobre medicamentos essenciais nos idiomas inglês e alemão com dois livros texto de farmacologia. Entre os principais resultados, encontrou-se excelente precisão das informações (99,7%); boa completude das informações, que variou de acordo com os aspectos analisados, sendo menos completas no que diz respeito à farmacocinética (68%) e mais completas quanto à indicação (91,3%). Além disso, entre as informações que não foram encontradas, a maioria foi considerada pouco relevante (62,5%); encontrou-se uma média de 14,6 referências por artigo, 262,8 edições e 142,7 editores (Kräenbring et al., 2014).

- Em geral, os usuários que buscam informações sobre saúde na internet atingem seu objetivo, e estas têm papel complementar às orientações de profissionais de saúde -

O papel de instituições governamentais e acadêmicas é importante não apenas na produção de informação, mas também na intervenção no ambiente online. Alguns exemplos são a parceria do Google com a National Medicine Library, que ajudaram a direcionar usuários para informações de qualidade (Law et al. 2011), e a introdução de anúncios específicos para termos de busca relacionados à saúde (Cooper et al. 2016).

Quais os impactos das informações para os usuários?

Em geral, os usuários que buscam informações sobre saúde na internet atingem seu objetivo, e estas têm papel complementar às orientações de profissionais de saúde. Apesar disso, fatores objetivos e subjetivos têm grande impacto na satisfação das necessidades de busca.

Em inquérito (Ybarra & Suman, 2006), observou-se que quase três quartos dos que buscaram informação na internet se sentiram satisfeitos com o que encontraram. Entre as experiências negativas (20-25%), as mais relevantes se referiam ao excesso de informação encontrada, à necessidade de mais informações sem que soubesse onde buscar e a preocupações com a qualidade do conteúdo encontrado. A mesma pesquisa mostrou ainda que muitos afirmaram que se sentiriam mais confortáveis com informações oriundas de profissionais de saúde (78%), que após a busca procuraram serviços de saúde (55%) ou que buscaram suporte de outros (30%). Por outro lado, muitos tentaram diagnosticar (43%) ou tratar algum problema de saúde (43%).

Em conclusão similar, PohjanoksaMäntyläa et al. (2009) apontam que a utilização de informações da internet tem caráter mais complementar do que substitutiva às informações oferecidas por profissionais da saúde. Como impactos identificados pelos usuários são citados a ampliação da autonomia e de conhecimento, a reafirmação de procedimentos médicos, as decisões por mudanças de dose, o abandono do uso ou a sugestão de novos medicamentos para o médico. Além disso, a internet é percebida como importante fonte adicional de informações especialmente quando há medo de estigmatização.

- A internet é percebida como importante fonte adicional de informações especialmente quando há medo de estigmatização -

Outro estudo aponta que a consulta à internet sobre questões de saúde gera mais ansiedade e dúvidas que os esclarecimentos buscados, ainda que possibilite maior conforto e confidencialidade. Isso estaria ligado à dificuldade que os usuários têm para nomear os próprios sintomas e à dificuldade de escolha entre conselhos mais alarmistas ou mais rasos, o que acaba, ao final, levando-os à busca por profissionais (Vasconcellos-Silva et al., 2009).

Os efeitos das informações sobre os usuários são bastante variados também de acordo com o perfil de quem busca. Nesse sentido, um problema identificado na literatura é a inadequação do conteúdo e da forma de apresentação das informações à realidade dos usuários. Em revisão, Diviani et al. (2015) observam que boa parte dos estudos tem considerado de maneira periférica o papel da baixa escolaridade e da pouca capacidade de leitura na avaliação das informações de saúde. Esses fatores teriam efeito negativo na capacidade dos usuários em avaliar e confiar nas informações encontradas. Outro estudo identifica que a legibilidade de sites australianos sobre saúde está abaixo da capacidade média dos usuários (Cheng, 2015). Elementos relacionados ao design das páginas, disposição das informações e ao fluxo de navegação também teriam importância para a satisfação das necessidades de busca (Raban et al. 2016).

Desafios para os produtores de informação sobre medicamentos

Discutir o acesso a conteúdos sobre medicamentos na internet para os usuários envolve, atualmente, muito mais do que apenas a produção de informação científica de qualidade, que ofereça confiabilidade e proteja os leitores de riscos para a saúde. Existe um universo de possibilidades de análises e intervenções, ainda pouco explorado pelos pesquisadores da área. Extrapolar os caminhos tradicionais passa pelo reconhecimento de que a questão deve ser olhada sobre múltiplas perspectivas, seja em função da diversidade de motivações na busca por informações por parte dos usuários e disponibilidade de fontes com características muito distintas, ou seja pelos diferentes impactos que o acesso à informação pode causar nos usuários.

É preciso, sobretudo, abandonar visões que encaram o problema de forma binária. Para combater a baixa qualidade, a ausência de informações e os riscos do uso de informações incorretas, não basta produzir informações de qualidade e não cabe coagir o usuário a não usar as fontes disponíveis. Sem entender a complexidade e as múltiplas dimensões da questão, corre-se o risco principal de insistir em soluções pouco abrangentes e de baixo impacto, por desconsiderarem a dinâmica real de uso e busca na internet.

Assim, pensar na produção e disseminação de informação sobre medicamentos passa também por entender os padrões e necessidades de busca dos usuários, a adequação das informações disponibilizadas à sua realidade, a intervenção em mídias onde a disseminação pode ter um maior impacto potencial para o público em geral ou grupos específicos. A partir de diagnósticos mais precisos sobre o uso da internet para estes fins, é possível pensar ações para a produção de conhecimento sobre medicamentos, desde a formação de grupos de pesquisa até políticas públicas mais amplas de regulação ou promoção de informações de qualidade na rede.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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